Ulysses (James Joyce)

"Stephen, com o cotovelo repousando no granito pontudo, encostou a palma abaixo da sobrancelha e olhou para a extremidade da manga de seu casaco preto lustroso que começava a puir. Uma dor, que ainda não era a dor do amor, agitou seu coração. Silenciosamente, em sonho, ela viera até ele após a sua morte, seu corpo gasto dentro de largas roupas tumulares marrons, exalando um odor de cera e pau-rosa, seu sopro, que se curvara sobre ele, mudo, reprovador, um fraco odor de cinzas molhadas. Através do punho puído ele viu o mar saudado como uma grande e doce mãe pela voz bem alimentada ao seu lado. A orla da baía e o horizonte continham uma massa líquida verde opaca."

"Paz e guerra dependem da digestão de algum fulano."

"Um pai, Stephen disse, combatendo a desesperança, é um mal necessário. (...) Amor matris, genitivo subjetivo e objetivo, pode ser a única coisa verdadeira na vida. A paternidade pode ser uma ficção legal."

"A invencível ignorância. Agiam segundo as suas luzes."

"O amor ama amar o amor."

"(...) nenhum bobo é mais bobo que um bobo velho (...)."

"A senhorita Dunne dedilhou no teclado: 16 de junho, 1904."

Mais frases & trechos selecionados pelos leitores: aqui!

+ sobre James Joyce: aqui!

Assista ao vídeo:

16/06: Bloomsday: O dia em que se comemora em todo o mundo a obra do irlandês James Joyce. Bloom é o sobrenome de Leopold, protagonista de "Ulysses". O romance transcorre em um dia apenas, 16 de junho de 1904, em Dublin.